12.26.2008

The Shawshank Redemption

antes do Andy
- Aqui diz que cumpriu 20 anos de uma pena perpétua. Sente-se reabilitado?
- Sim senhor, sem dúvida alguma, e posso dizer honestamente que sou um homem mudado, já não sou um perigo para a sociedade. É a pura das verdades. Absolutamente reabilitado.
:: REJECTED ::

(...)

RED: Red. Chamo-me Red.
ANDY: Porque lhe chamam isso?
RED: Talvez por eu ser irlandês.

(...)

A: Só pedia três cervejas por impresso, para cada um destes meus colegas.

E foi o que aconteceu. Desde o segundo até ao último dia de trabalho os condenados que alcatroavam o tecto da oficina de matrículas, na Primavera de 1949, sentavam-se em fila às 10h a beber cerveja gelada oferecida pelo guarda mais brutal que a prisão de Shawshank jamais teve.(...) Ficávamos sentados a beber, com o sol a dar-nos nos ombros e sentíamo-nos livres. (...) Quanto ao Andy... passava esse intervalo sentado à sombra, com um estranho sorriso, a ver-nos beber a cerveja dele. Poderão dizer que o fez para cair nas graças dos guardas, ou para fazer alguns amigos entre os condenados. Eu cá acho que só o fez para voltar a sentir-se normal, mesmo por pouco tempo.

(...)

R: Eu tocava lindamente harmónica em novo mas desinteressei-me, aqui não fazia muito sentido.
A: Aqui é o sítio onde faz mais sentido. Precisamos da música para não nos esquecermos...
R: Esquecermos?
A: Que há sítios no mundo que não são de pedra, que há algo dentro de nós onde eles não chegam, em que não podem tocar. É nosso!
R: Estás a falar de quê?
A: Da esperança!
R: Esperança! Deixa que te diga uma coisa meu amigo, a esperança é perigosa, pode levar um homem à loucura. De nada serve aqui, é melhor habituares-te a essa ideia.

(...)

A: Zihautejo. É no México, uma aldeola no Oceano Pacífico. Sabes o que os mexicanos dizem do Pacífico? Dizem que não tem memória. É lá que quero viver o resto dos meus dias, num sítio quente, sem memória.

(...)

(R): Os de nós que o conhecem melhor falam muito nele. Incrível os esquemas que ele engendrava. Mas às vezes fico triste por o Andy se ter ido embora. Tenho de me lembrar que certos pássaros não podem estar em gaiolas, têm as penas brilhantes demais, e quando partem a parte de nós que sabe ter sido um pecado engaiola-los regozija-se. Mas mesmo assim, o sítio onde vivemos fica mais monótono e vazio sem eles. Acho que tenho apenas saudades do meu amigo.

(...)

depois do Andy
- Aqui diz que cumpriu 40 anos de uma pena perpétua. Sente-se reabilitado?
- Reabilitado? Deixe-me pensar... não faço ideia do que isso significa.
- Significa estar-se preparado para voltar à sociedade.
- Eu sei o que tu achas que quer dizer, filho. Para mim é apenas uma palavra inventada. Uma palavra de um político para que jovens como tu possam usar fato e gravata e ter um emprego. O que queres saber na realidade? Se lamento o que fiz?
- Lamenta?
- Não passa um só dia em que não sinta remorsos, não por estar aqui ou por achares que devia estar aqui. Lembro-me de como eu era nessa altura... um miudo estúpido que cometeu aquele crime terrível. Quero falar com ele, quero tentar meter-lhe algum juízo na cabeça, explicar-lhe como são as coisas... Mas não posso, esse miúdo desapareceu há muito e dele só restou este velho. Tenho de aceitar esse facto. Reabilitado? É uma palavra desprovida de significado, por isso carimba lá os teus impressos filho, não me faças perder mais tempo. Para te dizer a verdade, estou-me nas tintas.
:: APPROVED ::

(...)

Querido Red
Se estás a ler isto é porque saíste e se vieste até aqui talvez queiras ir um pouco mais longe. Lembras-te do nome da vila não te lembras? Dava-me jeito um bom homem para me ajudar no meu projecto. Fico à tua espera com o tabuleiro de xadrez pronto. Lembra-te Red, a esperança é uma coisa boa, talvez a melhor do mundo e as coisas boas nunca morrem. Espero que esta carta te encontre e que estejas bem.
O teu amigo, Andy

---



What else?

12.25.2008

Feliz Natal

O velhinho das barbas brancas veio e já está quase a ir embora!
Pedi-lhe que o sorriso na minha cara permanecesse pela vida fora ...

por ter momentos como este:

Amizade é um termo incompleto
Que requer maior definição
Para este sentimento agora descoberto
Não passar por mera sensação
Porque isto é amor por certo
Tu tens o meu coração
Que agora está completamente aberto
E te pede que não esqueças esta confissão


Guardarei até aos 30 e para lá disso!
obrigada

12.20.2008

Enigmático enigma

Num fim de tarde como qualquer outro, tu não estavas igual ao habitual. Gosto de pensar assim, mas estou quase certa que o que mudou foi a minha maneira de te ver. Continuava a sentar-me na cadeira ao teu lado mas sentia que já havia alguma transparência no carregado fundo preto que dantes conhecia. Como que por magia a transparência ia e vinha, sem eu perceber como nem porquê e sem notar diferença no tom da tua voz. Nunca fui muito boa em analogias mas era como se num grande dia de sol começasse inesperadamente a chover e naquele fim de tarde não havia sol nem chuva. Enigmático, sem dúvida! Hoje, mais diferente estavas, mais diferente te via. Sentaste-te ao meu lado e falaste comigo, olhando-me nos olhos, tão perturbador como nunca antes ninguém tinha sido. O terreno, esse pisava-o pela primeira vez e a descoberta ultrapassava qualquer bom sentimento que pudesse, no fundo, surgir. Foi tudo tão diferente de tudo, foi estranho! Todas as pessoas conhecidas sentadas ao nosso lado esquerdo me diziam muito mais do que tu e não fui capaz de quebrar a ligação dos nossos olhos e de interromper a nossa conversa. És o meu enigmático enigma cuja vontade que tenho em o desvendar ainda não encontrou a melhor maneira para o fazer. Quem sabe noutro fim de tarde, em que o sol não se vá embora, em que a transparência seja completa, em que sintas a confiança necessária para te dares a conhecer, em que os meus cinco sentidos cheguem para perceber e em que, acima de tudo, na tua cara de miúdo por detrás de cada sorriso de criança consiga separar a verdade da falsidade. Até lá, continuo a dançar sem música, a voar sem sair da cama, a sonhar sem fechar os olhos, a perder-me nos lugares que melhor conheço e a encontrar-me nos que pela primeira vez piso, a ser malabarista de sentimentos e retalhista do coração. Até lá que me respondas o que vejo da janela. Até lá que não chova em dias de sol!

12.18.2008

A dois

Não alcanço o infinito
Nem que apanhe aquele navio
As ondas rebentam o meu grito
Deixando cá dentro um vazio
Grande demais para ser preenchido
Por tudo aquilo que trago escondido

O sol desliza pelo ceu
Faz enorme tudo o que vejo
Solto um sorriso que é teu
Na lembrança do teu beijo
Que vem apagar esta paisagem
E me leva numa viagem

O caminho já percorrido
Ainda não me faz perceber
Se estou bem ou meio perdido
Ou a um passo de te perder
Mas a resposta nem tu me podes dar
E neste trilho eu vou continuar

joana & cotrim

12.12.2008

Direito a Votar

encontrar-te-ás sozinho à porta do delírio,
terás os cognomes da espera e o direito a votar,
comprarei um passe para visitar o museu das tuas obsessões,
saberás fazer-me voltar a horários fixos,
tirarei notas de rodapé com pormenores complicados e referências exaustivas,
farei esboços dos teus sorrisos,
apunhalar-me-ás com ideias universais e alegres a caminho das coisas particulares e tristes,
sangrarei adjectivos ao modo superlativo, formas retóricas imprecativas e estruturas paralelísticas,
deixarei as veias dos cárpatos abertas até encherem a tua piscina,
chamarás o segurança e dirás: isto não é hollywood, babe!, aqui ninguém se suicida com uma overdose de felicidade, não temos rottweilers a vigiar o sono das crias, nem personal shopper para tratar as depressões,
terei o tamanho das minhas cicatrizes e as pestanas a fazer tim-tim-tim,
terás fome de mim,
prender-me-ás à cama como nos abraçámos às nossas ilusões,
subirei aquele comboio chamado desejo,
gritarás o meu nome de boca virada para a estação do prazer,
confundir-me-ás com as outras,
serei as outras nesse flutuar branco e veloz,
declinar-te-ei nas conjugações do passado,
desprezerás os volumes que imitam o contorno do meu corpo,
arrumarás num canto do mapa as ruas que levam a nós,
colocarás cartazes em cima dos destroços enquanto um néon publicitário da boticário executará o papel do ocaso.
dois minutos antes de cair o pano, o director de som escolherá para o nosso fim uma banda sonora na moda.

Golgona Anghel [@aulamagna]

12.08.2008

Fair Play

A grandeza do Miguel abafa qualquer clubismo...

"Veio o segundo golo, ficaste eufórico, a tua mãe continuava a puxar-te para baixo e tu só te querias voltar para trás para bater palmas para nós. Para bater palmas para nós?
Foi só então que percebi que eras surdo-mudo. (...) Apresentei-te, a distância, à Caetana, e a partir daí cantámos ambos horrivelmente (...), batemos palmas, levantámo-nos, gritámos Benfica, apoiámos com todas as desarranjadas cordas vocais que temos, desafinámos, devemos ter feito uma figura ridícula. Mas como podíamos nós fazer outra coisa que não aquela? Como podíamos nós responder de outro modo ao teu apelo? O que podíamos nós fazer diante da tua grandeza? Não foste irritante, Miguel, desculpa. Apenas nos pediste que fizéssemos o que tu não podes, infelizmente, fazer: apoiar o teu clube gritando. Deves ter pensado, com razão, “Dá Deus voz…”.
Peço-te desculpa, Miguel, porque, quando te voltaste para trás desesperado (e é dessa expressão que eu não me hei-de esquecer nunca) a pedir apoio depois de os outros terem marcado o golo do empate, eu estava incrédulo com o Quim e a Caetana desanimada, e não, Miguel, nesse momento não apoiámos. Mas apoiámos depois, naqueles três minutos quase não nos sentámos. Por nós e por ti."



Vale mesmo a pena ler todo o texto (aqui)

12.06.2008

Uma forma de magia

São estas coisas que nos unem e das quais vou sentir saudades!
Eles falam de como é bom esta parte dos trabalhos de grupo. Eu percebo! A Amizade! Relembram-se todos os momentos do dia, em que fomos parvos mas felizes. Dançámos e cantámos nas pausas. Tornamo-nos bons contadores de histórias e ao mesmo tempo tão bons ouvintes. Enquanto puxas pela cabeça vais enriquecendo o coração. Realmente, é tão boa esta parte, em que trazem o sofá para a sala para dormirmos na mesma divisão da casa, em vez de um dormir no quarto. Para estares em grupo ainda que já quase a dormir. Norah Jones como som de fundo relaxa-me. A eles também. Não se apercebem que escrevo e o silêncio vai eliminando a conversa animada. Eles adormeceram! Só Norah Jones no rádio, agora mais baixo, o som das teclas do meu telemóvel e uma lágrima a molhar a minha almofada. Afinal, a amizade também tem magia...

e espero que esta permaneça na nossa amizade para sempre! (sem ser preciso trabalhos de grupo)

Vou adormecer.

Adoro-vos!

6.12.2008 : 3h17

12.02.2008

A força de um abraço

Pode ser mero e simples. Sem significado. Pode ser forte e caloroso. Marcante! Pode resultar da saudade, do amor ou da amizade. Sinal de reconciliação. Sinal de vitória. Festejo! Sinal de união na derrota. Reconfortante! Sempre emotivo quando verdadeiro, principalmente quando faz sentido, quando dado no momento certo. É uma forma de demonstrar que se gosta. Sabe bem! Pode ser inesperado e saber ainda melhor. É segurança. Porto de abrigo! É para onde corres quando estás em perigo. É tudo quando te sentes sem nada. Canta uma balada ao coração. É uma forma de inspiração para o pintor ou para o poeta. É arte humana e real. Poderoso. Mágico. Intenso. Revela toda a força das palavras, das que são ditas e das que ficam tantas vezes por dizer. É ser e não parecer. Faz-te sonhar. Por outras vezes chorar. Une dois extremos. Sinal de um longo caminho percorrido. Ou de cumplicidade momentânea. É dar mesmo sem receber. Sinal de riqueza interior. Significa uma mistura de emoções. Saboreadas de mil e uma maneiras. Interpretadas valorizadas de uma forma pessoal. Por vezes único. O momento do dia. Pode ser esquecido e relembrado. Marcar uma fase ou uma reviravolta. Pode fazer-te crescer e ao mesmo tempo te fazer sentir criança. Não custa nada e para muitos é a melhor prenda do mundo. É saudável. Um recomeço. Dá-te força. Sinal de que não estamos sós. Refúgio do medo. Pode nem sempre ser compreendido, mas nem tudo é certo. Revelador e enigmático. Tempo não perdido em vão. É descoberta de um mistério. Louco ou racional. Engloba todos os sentidos. Faz parte ... hoje e sempre!

Cumplicidade

O íman entre nós foi forte
Deste-me uma palavra certa
Sem nenhum desvio ou corte
Conversámos de forma aberta
Já sabes muito sobre mim
E isto ainda agora começou
Falta, sem medo, dizer sim
À entrega que o medo adiou

11.27.2008

O quarto poder!

O quarto poder é um quarto
Com vista sobre a cidade que já não o é
Sobre as ruas que já o foram
Sobre as casas que deixaram de o ser
O quarto poder é um pai
De um filho tornado órfão por uma bala certeira
Errada no alvo
Errada na hora
Errada no tempo
Que faz do lugar a morada última
De um quotidiano que se estende
O quarto poder é um fogo
Ingrato nos modos
Ousado na fuga
Intenso na cor
Injusto nas vítimas
O quarto poder é um mar
Um oceano de raiva
Um elemento à deriva
Uma ausência de razão
Um lamento inconsolável
Um ímpeto de sobrevivência
O quarto poder é um voto
Um desejo dobrado em quatro
A esperança feita num oito
Promessa, palavras vãs, ínfimos caminhos
Passos perdidos
Leis e normas e regras
No melhor dos países
Os oásis e os pântanos
E a posse a pensar na posse
No quero, no tudo, no mando
O quarto poder é um piano
As teclas o prolongamento do tacto
A pauta a serenidade literária
A mão silhueta temerária
E a mente suavemente brilhante
Tem na partitura o efeito
E na causa cheia o aplauso
O quarto poder é um golo
Um passe em profundidade
Um drible, um truque, um remate
Uma falta como se pecado fosse
Um lamento
Um país
Uma forma de vitória
A outra forma da derrota
O quarto poder é um acto
As horas que dele decorrem
As vidas que nele se perdem
As incertezas do dia
E a inevitabilidade da noite
O quarto poder é um arbítrio
Um acaso disfarçado
Um fogo farto do nada
De tudo fatilidade
De todos a aprovação
De muitos a privação
De quem a responsabilidade
O quarto poder é a pergunta
E a resposta
E mais pergunta
E tese, e antítese, e síntese
E os dias que hão-de vir
A nobreza do dever
É missão de não esconder
De mostrar
De saber
De fazer saber
De saber fazer, olhar e explicar
O quarto poder é um quarto
Um quarto requisitado
Um pai que é baleado
Um cubo inacabado
Um mar assim tresloucado
Um voto mais uma vez escortinhado
Um piano a ser tocado
Um golo que é celebrado
Um acto premeditado
Um arbítrio incontrolado
Uma pergunta ilustrada

@ SIC NOTÍCIAS

11.06.2008

Desabafo

Num quotidiano agitado
Dentro de um quadrado
Os olhos de outro alguém
Quase que por magia
Conseguem ver pr'além
De qualquer fantasia
Deixa qualquer um atarantado
Mais do que tinha imaginado!

Sem nas horas reparar
Não me vou sequer importar
Do que por aí for espalhado
Só com os meus me preocupo
E a eles me justifico
Os que tenho sempre ao lado
Vão esquecer depois de ouvir
Vão-me abraçar depois de rir

11.04.2008

Compromisso Clandestino

Não sei quantos meses durou
Não sei se já é tempo a mais
É assim, como gosto mais
Não dar pelo tempo que passou
Não sei o que trazia vestido
Nem se o encontrei perdido
O meu coração não se fechou
Pormenor não encontrado
No guião mal decorado
Ao me ver não me abraçou
Nem sequer me acenou
Não percebo porque não pensou
No sorriso que não soltou
Mesmo depois de tudo acontecer
O meu coração não aguentou
No final do guião ver
Uma página por escrever...

11.01.2008

Diabruras do Coração

Sei que muitos não o percebem e que alguns o podem criticar, mas não é meu objectivo todas as pessoas agradar. Admito que não tenho razão aparente para o sentir mas a verdade é que o sinto. E sinto como já o sentisse há muito. Inexplicável! A minha avó chamaria "coisas do diabo". Não me admiro, todo o seu conhecimento advém de um mundo a preto e branco. No meu, ou seja lá o que isto for, o vermelho já entra. Tanto para o bem como para o mal, é quase capitão de equipa. É o que sofre sem ter culpa nenhuma. Por isso, e contando com a minha humilde vivência, arriscaria um lamechas "coisas do coração". Não sei se é da magia do sangue, da força da coincidência ou resultado de um engraçado jogo de palavras... mas no fundo tudo não passa de diabruras do coração!

Há coisas que apenas se sentem e nem quem as sente explica!

10.30.2008

Simetria Assimétrica

É tão mau ser o que não é correspondido como o que não corresponde!

Tempo de Adulto

(...)
Eu queria ter amarra nesse cais
Para quando o mar ameaça a minha proa
E queria vencer todos os vendavais
Que se erguem quando o diabo se assoa
(...)

Rui Veloso - não me mintas

Tempo de Criança

" Era tão bom voltar ao tempo em que todas as decisões importantes eram tomadas na base do pim-pu-ne-ta e ficar horas a pensar no que o Pai Natal ia dar quando passava na televisão 'Bem-vindos ao mundo encantado dos brinquedos, onde há reis, princesas, dragões!' "

10.13.2008

Andando por atalhos

nunca tive a intenção
de perceber sempre o meu coração
porque o amor vai sempre passar
do lado racional de pensar
nao tendo eu artifícios
para à mente roubar o poder
não sei se me trará benefícios
espero um dia perceber

durante muito tempo foste
e durante muito tempo serás
emendaríamos alguns erros
se pudéssemos voltar atrás
mas não seria a vida mágica
se tudo tivesses de mão beijada
neste caso a última cena é 'trágica'
se pela história já tiver sido encontrada

9.27.2008

Reconfortante!

ASSUNTO: Praxe

"Madrinha, agora que esta semana chegou ao fim, só tenho a dizer que foi espectacular!!

Conheci pessoal brutal mm.. Só espero que este espírito nao seja só agora, que dure o resto do tempo..

Todos voces (veteranos e assim) foram impecáveis e incansáveis connosco para que todos nos déssemos bem.

Ontém, quando eu disse que era bue esperto nao tava a brincar!! LOOL

Epah assério, nao vou esquecer estes dias por nada, obrigado por tudo!! =)

bjo**

Ah, e ja agora, quando forem surfar avisem... "

9.21.2008

Falta saber como é na vida real

(...)
Nos desenhos animados
Eu já conheço o fim
O bem abre caminho
A golpe de espadachim
E o príncipe encantado
Volta sempre para mim
(...)

Nos Desenhos Animados - Os Azeitonas

9.13.2008

Duas pessoas. Duas opiniões.

Porque me tentas desta forma
Não percebes que tudo em mim terminou
Tudo o que tivemos jamais torna
E livre apra amar eu estou
Apesar do quanto de amei
E todas as prisões que em mim construiste
O que agora te digo jamais pensei
Terminar com amor tao belo tu conseguiste
BY: Né

Não entendeste o que sentia
Outro alguém me magoou
Entregar-me a ti não conseguia
Isso este amor sacrificou
Sei que não podes responder
Por tamanha tirania
Só queria ver-te compreender
Que era a ti que te queria
BY: Jane

9.12.2008

Let's Battle

(ne)
Um dia havia morrido
Um dia havia parado
Mas meu coração é fingido
E quer ser por demais usado
Porque só uma principesca paixão
Erigida num palácio de pano
Pode apagar magoas de uma Real desilusão
Destruidora dum amor por demais humano...

(jane)
Fui uma princesa encantada
Nos meus sonhos de criança
Hoje estou enamorada
Por quem alimentou a esperança
De tornar realidade
O que pensava ser tolice
Esta simples cumplicidade
Deu asas a uma criancice

(ne)
Ó minha princesa adorada
Não reduzas a força desta paixão
Porque se estás enamorada
Reduzido estou eu á minha pobre condição
Que tu és princesa criança
E eu sou servo humilde e pobre
Sempre na eterna esperança
Que tu me tornes teu, me faças nobre

(jane)
Apanhada quase de surpresa
Debaixo de uma chuva de corações
Conquistas o desta princesa
Abalando algumas convicções
Num misto de ilusão e fragilidade
Nos teus braços achei segurança
E agora já sinto saudade
Desta inesperada bonança

(ne)
Um dia havia morrido. Um dia havia parado.
Este coração que agora dispara
Encontrou um amor inesperado
Num ser perfeito, sensivel e de beleza rara
Só espero estar á altura
De ser tão divino e puro
Porque este amor não tem mais cura
Só tua insegurança me mantém seguro

(jane)
Sabes aquilo que sou
Sem me conheceres por completo
Sabes o que quero e para onde vou
O teu coração percebe o dialeto
Com que o meu lhe tenta dizer
O que para nós é o mais certo
Depois do luar, ao amanhecer
É a ti que te quero por perto

9.10.2008

Reflecte!

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.”

Carlos Drummond de Andrade

9.01.2008

Estamos fora do tempo

Cada vez que erras sou
Vestígio do que posso ser
Sempre fora do tempo
Sinto a sufocar

Desisti de tentar
Acertar o teu tempo e o meu
Não há nada a fazer
A vida ri de nós (sim, ri de nós)

Cada vez que estou, não estás
Quando esqueço, voltas e eu sou menos tua
E tu sais de mim
Estamos fora do tempo
Estamos fora de nós
Ficamos por fim sós

pluma - fora de tempo

8.25.2008

I'm yours!

So i won't hesitate no more, no more
It cannot wait i'm sure
There's no need to complicate
Our time is short
This is our fate, i'm yours

jason mraz - i'm yours

8.17.2008

Sabedoria

As Palavras por dizer
E os Gestos por fazer


A minha mãe fazia questão de nos lembrar que devíamos viver cada dia da nossa vida, sempre, como se fosse o último. Dizia que essa era a obrigação de quem recebia a imensa dádiva de existir...
E, para que não esquecêssemos o ensinamento, acrescentava que era essencial que, na hora final, tivéssemos consciência de que nenhuma palavra ficara por dizer, nem nenhum gesto ficara por fazer. Era sábia a minha mãe.
Com efeito, quando, há uns dias, uma amiga minha que ia ser operada, me confidenciou que uma parte do seu medo de morrer estava ligada aquilo que não dissera nem fizera, lembrei-me das palavras da minha progenitora.
E decidi que escreveria sobre o assunto. Nunca devemos deixar para amanhã o que podemos fazer hoje, em particular no que aos afectos respeita. Não deixe, jamais, a sua vida em suspenso. Tenha a coragem de pedir perdão. Ou de estender a mão a quem menos, por orgulho, lhe apeteça fazê-lo. Porque, deste modo, se a hora chegar mais cedo, não haverá lugar para remorsos...

Helena Sacadura Cabral

7.09.2008

Magia da Poesia

Eu cá não entendo
Como se faz a poesia
A magia desta caligrafia
Está cá dentro
Guardada num cantinho
Inspirada nas situações
Refeita por confusões
Vais jogando o joguinho
Quando tás triste
Noutro plano não existe
A bendita inspiração
Comandada pelo coração

6.25.2008

and now?

(...)

all this living is so much harder that it seems
but girl dont let your dreams be dreams

(...)

Jack Johnson - dreams be dreams

6.23.2008

Fim do percurso

Diz-lhe que as hipóteses acabaram
Que já esgotaste as que haviam
Diz-lhe que chega de ilusões
E não tens justificações

Não sabes no que vai dar
Não podes dizer o que é melhor
Vais querer tudo abandonar
A ter de sentir outro dissabor

Diz-lhe que não
Não conseguiste ultrapassar
Que não chegou o coração
Não queres que te vejam chorar
Diz-lhe que assim é mais fácil
Que não possuis artimanha
Para contra balançar de forma hábil
Esta inquietação tão estranha

6.17.2008

Sentidos

A matreira vida dá-te sempre um sinal
Através dos sentidos o vais acolher
E passo ante passo, de forma desigual
Tens o dom de entrelaçar o querer
Alcançaste a arma do jogo mortal
Do teu lado não consta o 'perder'
Mestria e engenho para mostrar ao tal
Que consegues salvá-lo de sofrer

Mesmo sem o electrizar
Sem os mesmos filmes ver
Sem as mesmas músicas ouvir
Até sem o equilibrio alcançar
Sentes que o vais ter
E a ele uma porta abrir
Para que te possa realmente dar
Tudo o que te faz, a ele, amar

6.13.2008

A vida dá muitas voltas

Dá mais um passo em frente
Não olhes mais para traz
A vida dá muitas voltas
Vais ver o que ela faz, vais ver o que ela faz

E tudo muda de repente
A vida muda num segundo
Amanhã vai ser diferente
Eu já quis mudar o mundo


Nuno Barroso - A vida dá muitas voltas

6.11.2008

Fraquezas

podes ser referido
como um forte pilar
mas no minuto decisivo
não te consegues afirmar
não deitas nada ao chão
não bateste com a porta
mas esse pequeno arranhão
não te reconforta
sempre gostaste de ser
o que esperavam de ti ver
nunca deitaste por terra
uma qualquer guerra
mas agora o pilar
não te dá garantias
de te conseguir dar
o sorriso que querias
porém põe-te no palco
outra vez, na luta
sabe do que és capaz
não permite que se discuta
os teus nunca se desiludiram
os outros são para esquecer
foram eles que te pediram
para a cabeça erguer
e mergulhado na tristeza
perguntas se vale a pena
a resposta sai com franqueza
desistir não é o teu lema
ergues a cabeça e os braços
livras-te dos desamores
e prometes a ti mesmo
estar no meio dos melhores

6.05.2008

Simplesmente Amor

Há amor amigo
Amor rebelde
Amor antigo
Amor de pele

Há amor tão longe
Amor distante
Amor de olhos
Amor de amante

Há amor de inverno
Amor de verão
Amor que rouba
Como um ladrão

Há amor passageiro
Amor não amado
Amor que aparece
Amor descartado

Há amor despido
Amor ausente
Amor de corpo
E sangue bem quente

Há amor adulto
Amor pensado
Amor sem insulto
Mas nunca tocado

Há amor secreto
De cheiro intenso
Amor tão próximo
Amor de incenso

Há amor que mata
Amor que mente
Amor que nada mas nada
Te faz contente me faz contente

Há amor tão fraco
Amor não assumido
Amor de quarto
Que faz sentido

Há amor eterno
Sem nunca talvez
Amor tão certo
Que acaba de vez

Há amor de certezas
Que não trará dor
Amor que afinal
É amor, Sem amor

O amor é tudo,
Tudo isto
E nada disto
Para tanta gente

É acabar de maneira igual
E recomeçar
Um amor diferente
Sempre, para sempre
Para sempre

[Donna Maria - Sempre para Sempre]

6.03.2008

Rotina

vivo o mesmo dia-a-dia que tu
sento-me na cadeira ao teu lado
partilhamos o mesmo espaço
mas sinto-te muito afastado
tens defesas que não consigo ultrapassar
consegues no improviso
ter algo pensado para falar
às vezes soltas um sorriso
e abres-me uma janela
não sei nada de ti
não te consegueria pôr em aguarela
desconheço a cor da tua alma
a tua maneira de ver o mundo
apresentas uma calma
que é desconfortante
e no meio da monotonia dos dias
vou-me sentar ao teu lado outra vez
e ter medo do que escondes

5.28.2008

Coincidências!

Quando tudo parece ocorrer de forma linear e por consequência de algo. Quando num universo longe reconheces um sinal num gesto vulgar. Pensas que tudo tem a sua razão. Repensas. E convences-te. E é aqui que começas a sonhar. E mesmo quando te dizem que não há coincidências tu respondes que ninguém pode saber qual pensamento está certo e arriscas a cair e a sentir para por breves momentos entrares na ilusão de voar. Entregas-te (por coincidência).

Mas ainda podemos chegar a casa e largar todos os medos e dúvidas e tristezas do lado de fora da porta. Para dentro levas só o teu mundo de coincidências que desmontas peça a peça... e pouco depois tens um tempo desfeito e juntas as peças que fazem parte do coração e que não querias que entrasse para o lado de dentro da porta.

Mas faz parte andar atrás dos sentidos e acreditar nas coincidências. Faz parte começar de novo. Agora a racionalizar o que te pôs a tristeza do lado de dentro. Sentir o mundo e a percebê-lo.

Mas pelos breves momentos em que te deslumbras as coincidências fazem parte e são quase inevitáveis.

5.13.2008

Sou dona da minha vida

Não demores tanto assim
Enquanto espero o céu azul
Cai a chuva sobre mim
Não me importo com mais nada
Se és direito ou o avesso
Se tu fores o meu final
Eu serei o teu começo

Não vou medir
Nem julgar
Eu quero arriscar
Tenho encontro marcado
Sem tempo nem lugar

Donna Maria - Há Amores Assim

5.10.2008

Para ti, amigo!

Anda daí, vem sentar-te na lua comigo. Imagina o trabalhão que tive, mas agarrei uma estrela só para ti. Somos amigos há tantos anos, muitos mais do que aqueles que já vivemos. Sei que só tenho dezoito anos e que ainda agora entrei para a faculdade, mas acho que nasci com uma alma antiga, porque olho para mundo e vejo mais longe do que muitos conseguem alcançar.
Por isso talvez a nossa amizade venha de outro tempo, um tempo sem tempo, uma existência eterna e paralela onde tu também tens dezoito anos e todas as noites podemos subir à lua e apanhar estrelas.
Agora elas andam fugidias, a tecnologia tornou-as mais rápidas e são muito difíceis de apanhar. Mas por ti, por tudo o que me ensinaste, por tudo o que já vivemos - ainda que em sonhos - por tudo o que aprendi a ser contigo, por ti, eu apanho as estrelas que for preciso.
Anda daí, vem sentar-te na lua. Nunca está frio cá em cima e instalaram umas escadas rolantes para não nos cansarmos na subida. A Lua forrou-se de almofadas brilhantes e distribui mantas e bebidas aos visitantes. Negociei um lugar cativo com o patrocinador oficial e assim podemos ir todas as noites, se quiseres, se puderes, se tiveres tempo e vontade, tu que andas sempre a correr contra o tempo, contra os comboios, contra quem está contra ti.
Não sei se também serei escritor um dia. Sonho com isso, mas faz-me impressão ver-te todos os dias fechada a lutar contra o silêncio, contra as palavras, contra o tempo. Falta-te a respiração do mar, uma existência serena, a capacidade de desligar. Falta-te tempo e energia. Mas nunca te hão de faltar os verdadeiros amigos, como eu.
Nem sempre conseguimos encontrar-nos no tempo presente, nem sempre tens tempo para mim, mas eu sei que posso contar contigo, que num momento de crise estarás ao meu lado, que voltarás sempre, porque se a vida é um eterno regresso a casa, a amizade é um amor eterno.
Por isso anda daí, vamos os dois um bocadinho à lua e quando voltarmos estarás mais bela e mais feliz e podes ter a certeza que o tempo em que estamos com aqueles que nos querem bem é sempre um tempo ganho, como quem acumula pontos de felicidade para o futuro. Mesmo que seja na lua, ou cá em baixo, entre os homens, tanto faz o tempo e o lugar, o que conta é o modo de ser e de amar.

Margarida Rebelo Pinto

5.04.2008

Dia da Mãe

a mão que se estende
a mão que te ajuda a levantar
que te corrige quando tu não sabes o que é certo
quem te dá água quando te perdes nalgum deserto
sempre por perto
sempre pronta para chorar ou rir
quem te conhece e sabe quando tu estás a mentir
não sou perfeita mas sabes que sou sincera
nunca te esqueças de mim
aqui é tudo o que eu quero
e espero que nada nem ninguem nos faça separar
conto contigo
comigo podes sempre contar

Amo-te Mãe :)

excerto da música "Eu tou aqui" - Boss AC

5.02.2008

Há coisas que não são para se perceberem!

"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.
O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.
O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe.Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."
Miguel Esteves Cardoso - Elogio ao Amor

4.15.2008

Reconciliação

Sempre fui orgulhosa. E quando digo orgulhosa, deveria dizer, demasiado orgulhosa. Sempre quis passar aos outros que sou forte, que passo por cima das coisas de forma fácil. O porquê resume-se numa palavra, "feitio"! Entre amigos numa qualquer conversa mais acesa custa-me dar o braço a torcer. Numa zangazinha mais prolongada, raramente o faço. E como dita a regra que devia ter mais excepções, desta vez o feitio não deixou ceder. Passou o tempo das desculpas. Passava mais tempo do que eu própria esperava. Passou demasiado tempo. Hoje acabou a birra, a parvoíce, a teimosia, o orgulho, não pelo feitio abrir a sua excepção mas pelo outro lado ter dado o primeiro passo para a reconciliação. Pediu-me dois minutos e em dois minutos ensinou-me como ser verdadeiramente grande. Hoje o orgulho é outro, é ver que não me enganei quando confiei na pessoa, é ter orgulho nela e na nossa amizade. É também ter pena do tempo perdido e do "mau feitio".
Para te tornares grande também têm de te mostrar o quanto és pequeno. E nesse sentido, obrigada!

4.14.2008

Um perto bem longe

O que tu metes em verso
Eu refaço e escrevo em prosa
E no meio deste inverno
E desta vida caprichosa
Vejo partir quem não quero
Tudo por teimosia
De não querer admitir
Que no meio desta correria
És ainda quem me faz sorrir

4.13.2008

Piscina

Quando era pequena pedia aos meus pais uma casa grande para ter uma piscina no jardim. Os meus pais diziam que sóas pessoas ricas é que podiam comprar essas casas, que infelizmente eles não me podiam proporcionar isso. Eu ficava triste e com inveja dos meninos que tinham pais ricos, mas divertia-me à mesma, com outros brinquedos, no minuto seguintejá estava a rir a brincar com as bonecas e os nenucos. Os meninos ricos tinham a piscina e podiam utilizá-la sempreque queriam. Hoje os meninos ricos sempre que estão tristes continuam a ter a piscina, escondem o sofrimento e não lutam. Eu continuo a não a ter, o que me fortalece a cada dia, o que me faz lutar para não precisar dela. Eu continuo a chorar sem esconder. Sou transparente. E feliz por não ter tido nem ter uma piscina!

4.11.2008

Reviravoltas

quando tudo vai passar
é quando tu não queres que passe
quando não há volta a dar
já entraste num impasse

4.06.2008

"O verbo amar e as suas complicações"

Ela mora dentro de cada um de nós. Nos olhos marejados de lágrimas de mães. Na face lívida das donzelas sonhadoras. Nas palpitações nervosas dos jovens. Nas tardes que morrem numa agonia de luz. Somente Deus e a criança não sentem saudade. Tem o misticismo de um ritual sagrado. Tem a doçura encantadora das harmonias musicais. Tem a eloquência altissonante da poesia. Tem o timbre dos sinos que plangem ao entardecer. É espiritual como o perfume das flores. Inocente como as crianças. Ingénua como as meninas. Sonhadora como as donzelas. Experiente como os adultos. Triste como os velhos. Da saudade falaram os poetas. Cantaram-na os músicos. Com ela os namorados enfeitam de ternura e de encanto os seus dias e de literatura as suas cartas. Saudade é a presença do que está ausente. É a ressurreição do que está morto. É a única coisa que fica daquilo que não ficou. É o perfume do Amor que se evaporou. As letras que formam a palavra SAUDADE - são sete notas musicais. Escala diatónica que faz vibrar no teclado do coração as mais doces e tristes canções. Todas as emoções da alma, todas as vibrações do coração, todos os encantos do sentimento, todos os idílios da imaginação se condensam e se manifestam na saudade, que é sofrimento que alegra. Nada crucifica tanto a alma do homem como a saudade. Nada mitiga tanto as duas dores como a saudade. É sofrimento e é alívio. É dor e é riso. É noite e é dia.

P. António Vieira
(adaptado)

4.03.2008

Sorte

quando tudo acontece ao mesmo tempo é que provas que és forte! mas e se não o quiser provar?

3.25.2008

"Beleza em movimento"

<< (...) Cormack devia ter uns 45 anos, talvez mais. Na praia estava uma mulher com um corpo bonito, um miúdo com uns 15 anos, outro com uns 9, e um cão. Cormack continuou: "Tinha outro filho, com 19 anos. Morreu há um mês, num acidente de carro quando vinha para aqui. Vinha ter connosco." Fiquei em silêncio. Não sei o que é que se diz a um pai que acaba de perder um filho.
"Era um excelente surfista, sempre que podia estava na água. Era também um excelente rapaz, toda a gente gostava dele. Era equilibrado e sensível, sabes, não era... excessivo. Estudava na universidade e agora tinha umas semanas de férias. Vinha passá-las connosco. Adorava esta praia, como todos nós. É uma praia muito bonita, reparaste, Gonçalo?". Finalmente tinha alguma coisa para dizer a um pai que perdeu um filho, mas que também é surfista. "Sim, e a onda também é muito bonita, Cormack."
"Vês aquela pirâmide com uma prancha em cima?", perguntou-me, apontando a estrutura que eu tinha notado quando entrei no mar. "Era a prancha dele. Fizemos aquela escultura para o recordar. E espalhámos as cinzas dele aqui nestas ondas, sei que ele teria gostado de repousar neste lugar para sempre", explicou.
Eu podia não ter dito nada, podíamos cada um ter ficado em silêncio, à espera do set que se aproximava. Mas suspirei fundo e disse-lhe: "Este é um dos sítios mais bonitos que conheço para fazer surf, Cormack. E olha que já vi muitos. Tens razão, também acho que o teu filho está feliz de ter passado a fazer parte deste sítio para sempre."
Veio o set. Cormack apanhou uma onda tão comprida, tão bonita, que acabou por sair. Ainda o vi na praia junto à família, mas já não voltei a falar com ele. Fiquei mais um par de horas a surfar. Quando saí, o vento tinha mudado, o calor estava insuportável e a família já tinha recolhido ao "trailer".
Voltei à cidade de La Paz, ao Mar de Cortez, ao meu itinerário. Apanhei o "ferry" para o continente, e segui viagem para sul. (...) >>

Gonçalo Cadilhe
"No princípio estava o mar"

3.22.2008

Sonhos

Contei-lhe a minha história e com uma sabedoria fora do comum disse-me que não se desistia dos sonhos... e continuou acrescentando que não acreditava que ninguém roubava os sonhos de ninguém... porque se sonhas com algo é porque acreditas e se assim é, acredita que há-de haver alguém que em ti vai acreditar!

3.20.2008

Dia do Pai

O meu pai é alto, elegante e infinito. Tudo nele é grande e ao mesmo tempo perfeito, do tamanho dos olhos ao coração. Possuiu um cabelo farto e despenteado, a idade fez o que lhe competia e hoje está no melhor que lhe assenta. Como todos os pais, parece eternamente jovem e reina sobre tudo o que o rodeia sem sequer dar por isso. A voz é grave, serena e quente, própria dos pais. Nos dedos tem a magia, nas mãos o poder e nos braços o calor do abraço. E aí as cores descansam e às vezes a terra suspende a rotação. O meu pai é ainda mais perfeito por não saber que é o melhor. Não sabe que todos os dias faz milagres, não sabe o jeito que tem para ser pai, não mede a generosidade, não sonha o quanto eu gosto e preciso dele. Mas há mais pais assim, que passam pela vida sem adivinhar o que são, como se fossem iguais aos outros e que encolhem os ombros perante os seus defeitos, numa discrição confusa, quase tímida, quase infantil, desconhecendo o imenso poder que têm. O meu pai é diferente. É o melhor. Leva dentro dele metade de mim e tem pena de ter só dois braços porque sabe que neles não cabe o mundo. Mas eu não preciso do mundo. E nos braços dele caibo lá eu e os nossos. E isso chega. Quero tê-lo ao meu lado para sempre, porque sei que vai ter a palavra certa naquele momento mais difícil, porque sei que me faz falta, porque sei que me vai sempre defender e porque sei que nunca se vai esquecer de mim e nunca vai deixar de ser o melhor pai do mundo. O meu! Sei que tenho a maior sorte do mundo. Vou agradecer-lhe sempre.

Obrigada Pai :)

3.16.2008

Sabedoria

" às vezes preciso de fugir para saber que gosto do que faço "

3.12.2008

Falta de acesso

A cabeça cheia de tudo atrai ainda mais assunto. Tu sabes todo o conteúdo. Com os dotes de equilibrista vais baralhando as soluções. Sabes mais do que ninguém, e não contas o que o coração tem. Sem segurança deixas morrer o que já existe (se existe!). Não erraste, só não contaste com o mau estado do chão que ias pisar. E não continuas. Enches mais a cabeça. Dás ao coração o que ele não quer.

... e recomeça as voltas! não tens de perceber

Mentira inocente

Já vais recomeçar
Não há nada de errado
Neste silêncio meu
É falta de recado
E porquê saber nem eu
Escusas de tentar
Não podes perceber
Não há nada a dizer
E é pura estupidez
Sentires que estás de fora
Será que tu não vês
Nem antes nem agora
Não podes ter ingresso
Aqui neste meu lado
Que não tem acesso
É um espaço
É um espaço reservado

Não tem a ver contigo
É só um baú fechado
É um arrumo antigo
É o ouro afundado
Mas já que tanto insistes
Nessa canção dos tristes
Vou ter que te mentir
E dizer já passou
Foi dor foi dor do meu porvir
Que uns dias vai e vem
E tu vais ficar contente
E sentir-te melhor
A mentira inocente
Não faz mal a ninguém
E tu vais continuar
A pensar a pensar
Que podes cá entrar

Ala dos Namorados - Espaço Reservado

3.08.2008

Um prazer

Nunca te disseram
Algo que não podiam cumprir?
Nunca te fizeram pensar
Que podia algo fluir?
Nunca te foram verdadeiramente sinceros
Mas nunca te mentiram em tudo o que disseram
E se o mesmo se repete
Sem qualquer obrigação
O que vais tu perder
Em iludir o coração?

3.05.2008

Gentileza

por isso eu pergunto a você no mundo
se é mais inteligente o livro ou a sabedoria
o mundo é uma escola
a vida é um circo
amor palavra que liberta
já dizia um profeta
Marisa Monte - Gentileza

3.04.2008

Entre dois mundos

Vivo de pequenos nadas que me fazem enriquecer, que me fazem crescer, que me põem a pensar, que me enchem os olhos de lágrimas quando é especial o suficiente para tocar no tal sítio do coração. Gosto quando isso acontece. Sinto-me viva. E ao mesmo tempo rainha dos meus nadas que nestes momentos são tudo menos isso. Completam-me o sorriso e matam a monotonia. Põem a fervilhar mil ideias na minha cabeça e sinto-me com energia para concretizar todas. E concretizo, dia após dia! Os meus nadas são a ponte entre a joana que coloca a armadura e a joana desprotegida e sonhadora.

e hoje o meu momento de pequeno nada foi ao ler o texto deste dia do blog corpodormente.blogspot.com. Recomendo :)

2.28.2008

Ciclo

de todas as viagens que fiz
esta consome-me a personalidade
desconheço a directriz
desta peculiar vontade

não sei quando embarquei
desconheço tal regresso
na incerteza que baralhei
os sentimentos em excesso

consoante o vento ditar
sou bailarina de ocasião
não me atrai abdicar
de tão nobre abstração


2.24.2008

Lugar encantado

Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.
Sophia de Mello Breyner Andresen - Liberdade

2.22.2008

Dia de arriscar

É tempo de ser forte
Atar os ténis com dois nós
Abraçar o vento norte
Sorrir a quem se ri de nós
Susana Félix - fintar a pulsação

2.20.2008

Sal e Pimenta

A diferença é a metade boa.
O orgulho é a metade má.
A mistura deles é um dos sabores da vida!


A razão é o tempero.

E cada pessoa gosta de um paladar!


2.16.2008

Lá no teu pequeno mundo

Por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a cem mil outros rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou senão uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me prenderes a ti, passamos a precisar um do outro. Passas a ser único no mundo para mim. E, para ti, eu também passo a ser única no mundo.
Principezinho

2.13.2008

Sem 10cm de saltos

Na ponta dos dedos metes a sabedoria que tens.
Com a cabeça contrarias o que está no coração.
Já perdeste o que não tinhas.
E já meteste os pés no chão.

2.11.2008

Lição do dia de hoje

Nem tudo o que parece é!

Manias...

O resultado de um acto de superstição resulta apenas acreditando nela. Resulta porque ao mínimo detalhe de algo que ansiavas, pensas que foi por adiantares o pé direito ao esquerdo, ou por ouvires ‘merda’ em vez de ‘boa sorte’ ou então por dares um mergulho na passagem de ano. O mergulho está feito. “Espera, acredita e aproveita e para o ano contas-me se valeu a pena”, diz um amigo. Não chegou o fim do ano nem perto estamos dele, e também não me lembro de todos os primeiros meses dos anos que já vivi, mas posso dizer que o começo deste está a ser bom. Como o tal amigo diz “Acredita, foi do mergulho!”. Não sei. Mas acho muita piada à ideia de pensar que sim.

2.07.2008

Saudade

«Não. Definitivamente não é a saudade triste, a do fado, do tempo que já passou e 'não volta, nunca, nunca mais'. Não. É sentir falta, mas de uma forma boa, que nos faz sorrir, porque é tão bom ter todos estes momentos, memórias, lembranças, dentro de mim. Como quando sinto falta do sabor ao mar salgado da Boca do Rio, às nove da noite, com os meus pais e o meu irmão a nadarem ao meu lado. Da neve na boca depois de tantas gargalhadas e trombolhões. Do sabor das lágrimas e dores de barriga depois de tanto rir com a minha mãe ou algum amigo-irmão. Do requeijão de Seia que o meu avô ia sempre buscar quando me sabia lá por casa.
Sentir falta do sabor dos queques de maçã da Ericeira e das gargalhadas e disparates com que enchemos a padaria depois da surfada. Sentir falta do sabor a vento, sol e mar que paira em Hossegor. Das sestas na rede do moinho. Sentir falta das noites sem dormir com o grupo da faculdade.
Sentir falta do sabor de todos os meus primeiros beijos. Sentir falta dos abraços, sorrisos e de tudo o que senti com as pessoas que foram marcando o que me tornei.
Sentir falta de tudo o que foi e é bom e que me faz sentir bem a lembrar. Que me faz perceber como é bom viver e que de facto o segredo de uma vida bem vivida é aproveitá-la até ao fundo do fundo, sugar a intensidade de tudo até à última de todas as gotas. E fazer tudo genuinamente. De alma e coração abertos.»
Mariana Montepegado [@Soup]


E eu sentia falta [saudades!] dos dias de praia, do sol, do mar, e de pisar a areia. Sentia falta do caminho para a costa, do espírito com que vamos e do reconforto com que voltamos. Faltava-me a adrelina de entrar na água e de querer surfar. Soube bem matar as saudades e toda essa falta, melhor ainda com amigos e com um sorriso na cara. Sem pensar em nada e sem preocupações. E no fim do dia voltar a casa, tomar banho, encostar-me no puff, e começar a pensar na próxima ida.

2.06.2008

Banquete do Amor

uma das grandes frases do filme:

"There is a story about the Greek Gods; they were bored so they invented human beings, but they were still bored so they invented love, then they weren't bored any longer. So they decided to try love for themselves. And finally, they invented laughter, so they could stand it."

2.05.2008

Homens são de Marte, Mulheres são de Vénus

Marcianos dão muita importância ao trabalho, aos desafios, às conquistas.
Venusianas gostam de conversar para criar relações e compartilhar sentimentos.


Marcianos são os homens, venusianas as mulheres, e essas diferenças são apenas algumas na verdadeira teia de divergências que fazem com que os dois sexos não se entendam.

Uma das maiores diferenças entre homens e mulheres é como eles lidam com problemas. Quando um homem está com um problema, ele se retira para dentro de sua caverna interna à procura de uma solução. Quando um homem está enfiado em sua caverna, ele está impotente para dar à sua parceira a qualidade de atenção que ela espera. As mulheres interpretam mal o silêncio de um homem. Dependendo de como está se sentindo naquele dia, ela pode começar a imaginar o pior. As mulheres precisam entender que quando um homem está em silêncio, ele ainda não sabe o que fazer mas está procurando uma solução. Os únicos momentos em que uma mulher fica em silêncio, é quando, o que ela tem a dizer é lesivo, ou quando ela não confia na pessoa. Por isso não é de se admirar que as mulheres fiquem inseguras quando um homem repentinamente fica calado.

John Gray

1.29.2008

"O" sorriso

Na frenética correria dos meus dias penso na calma dos teus. Chego ao pé de ti, sento-me, dou-te a mão e digo, ainda com saudade, um 'olá' e mesmo sabendo que já não me reconheces o teu coração faz-te sorrir. Um sorriso de criança, sincero. E esse sorriso é tudo, quando, no fim do dia, tudo o resto já me fugiu.. Obrigada avó

merda de alzheimer

1.25.2008

'Salto para a piscina'

Liberta o grito que trazes dentro
E a coragem e o amor
Mesmo que seja só um momento
Mesmo que traga alguma dor
Só isso faz brilhar o lume
Que hás-de levar até ao fim
E esse lume já ninguém pode
Nunca apagar dentro de ti
mafalda veiga - lume

1.20.2008

WC feminino

Ela: bla bla bla ELE bla bla bla
Amiga: ficavam bem!
Ela: han?
Amiga: precisas de dar às TUAS certezas o benefício da dúvida!

1.17.2008

Roda 360º

Presta atenção. Aos outros. Ao que dizem e ao que deixam por dizer. Como agem e porque o fazem. Aos pequenos grandes gestos. Presta atenção e vê. O mundo, as pessoas, as cores, os sentimentos. Com olhos de gente adulta. Cria rugas e orgulha-te. Por te dares a conhecer.

1.15.2008

Discutível (im)perfeição

No fim da estrada, sem nada mais haver e com o combustível suficiente para fazer acontecer, adormeço de olhos abertos, momentaneamente, sinto-me sem princípio, meio e fim! Controlo uma ânsia acesa, preparada para explodir, com o sabor do inesperado a ser melhor do que qualquer outro. Naquele momento, entre dois sopros, o vento leva tudo o que alguém te incumbiu de ser o mais sagrado e traz-te algo que pensavas não poder existir. Conheces a (im)perfeição do destino. Dás. (ponto final!)

Lema!

Nem todos os sonhos têm que te bater à porta.