3.20.2008

Dia do Pai

O meu pai é alto, elegante e infinito. Tudo nele é grande e ao mesmo tempo perfeito, do tamanho dos olhos ao coração. Possuiu um cabelo farto e despenteado, a idade fez o que lhe competia e hoje está no melhor que lhe assenta. Como todos os pais, parece eternamente jovem e reina sobre tudo o que o rodeia sem sequer dar por isso. A voz é grave, serena e quente, própria dos pais. Nos dedos tem a magia, nas mãos o poder e nos braços o calor do abraço. E aí as cores descansam e às vezes a terra suspende a rotação. O meu pai é ainda mais perfeito por não saber que é o melhor. Não sabe que todos os dias faz milagres, não sabe o jeito que tem para ser pai, não mede a generosidade, não sonha o quanto eu gosto e preciso dele. Mas há mais pais assim, que passam pela vida sem adivinhar o que são, como se fossem iguais aos outros e que encolhem os ombros perante os seus defeitos, numa discrição confusa, quase tímida, quase infantil, desconhecendo o imenso poder que têm. O meu pai é diferente. É o melhor. Leva dentro dele metade de mim e tem pena de ter só dois braços porque sabe que neles não cabe o mundo. Mas eu não preciso do mundo. E nos braços dele caibo lá eu e os nossos. E isso chega. Quero tê-lo ao meu lado para sempre, porque sei que vai ter a palavra certa naquele momento mais difícil, porque sei que me faz falta, porque sei que me vai sempre defender e porque sei que nunca se vai esquecer de mim e nunca vai deixar de ser o melhor pai do mundo. O meu! Sei que tenho a maior sorte do mundo. Vou agradecer-lhe sempre.

Obrigada Pai :)

1 comentário:

Joao Martins Cotrim disse...

deve ser fixe ser-se pai com filhas destas ! ganda Sr. JULIO