que a dependência é uma besta
que dá cabo do desejo
e a liberdade é uma maluca
que sabe quanto vale um beijo
que a saudade é convencida
faz o coração pequenino
e a sorte é destemida
não está quando é preciso
que o destino é um senhor
que por vezes é meu amigo
e o azar é um mendigo
que vem bater à minha porta
que a necessidade é uma obra
que eu insisto em comprar
e a hesitação sabedoria
que eu uso p'ra contra balançar
que o gostar é um habitante
não paga renda ao coração
e o amor um deambulante
que anseia por me ter na mão
que o sonho é uma criança
que faz de ti o seu brinquedo
e a cumplicidade é conselheira
e afasta de ti o medo
que a imaginação é uma porreira
que te dá tudo o que queres
e o contentamento é um pilantra
que te invade quando perdes
mas...
enquanto houver estrada para andar
a gente vai continuar
enquanto houver estrada para andar
enquanto houver ventos e mar
a gente não vai parar
enquanto houver ventos e mar
em itálico: jorge palma - a gente vai continuar
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