Às vezes a ideia de que estou a perder os melhores momentos da minha vida assalta-me e como se não bastasse assusta-me. Às vezes é tão má como ouvir um "não" da minha mãe quando, em criança, lhe pedia algo a mais que a conta. Não é tão má, é pior... em criança, a seguir ao não, chorava ou fazia birra ou tinha qualquer outra atitude que ficava ali, colada no álbum de recordações àquele momento, e hoje, hoje não é bem assim - não é nada assim! - há uma fada que vira bruxa e depois vira fada de novo chamada responsabilidade. Hoje além dessa tal há a consciência de um outro tipo chamado futuro que adora jogar comigo às escondidas e que nunca se deixa descobrir antes do jogo terminar. E hoje, quando a dúvida aparece e procuro a fada para me ajudar só encontro a bruxa que me apresenta um tipo novo chamado presente que vive acelerado mas que tem tempo para fazer publicidade barata a outras tantas realidades. E hoje, quando a cabeça se desvia do desvio, a dúvida desaparece com se por magia. Secalhar foi mesmo porque ainda agora me cruzei com a fada e com o tipo do jogo das escondidas que me mostrou o seu esconderijo, muito bom por sinal.
ninguém me disse que vida de gente grande era fácil.
mas ainda bem que também ninguém me proibiu de voltar a ser criança sempre que me apetecer e precisar!
para a próxima meto uma acção de despejo para a bruxa e não largo a mão da fada. para a próxima jogo às escondidas com o presente porque ainda tenho a vontade infantil de ganhar sempre. para a próxima, se houver próxima, logo vejo do que brinco com o futuro...
1.26.2009
1.25.2009
Enquanto houver estrada para andar
que a dependência é uma besta
que dá cabo do desejo
e a liberdade é uma maluca
que sabe quanto vale um beijo
que a saudade é convencida
faz o coração pequenino
e a sorte é destemida
não está quando é preciso
que o destino é um senhor
que por vezes é meu amigo
e o azar é um mendigo
que vem bater à minha porta
que a necessidade é uma obra
que eu insisto em comprar
e a hesitação sabedoria
que eu uso p'ra contra balançar
que o gostar é um habitante
não paga renda ao coração
e o amor um deambulante
que anseia por me ter na mão
que o sonho é uma criança
que faz de ti o seu brinquedo
e a cumplicidade é conselheira
e afasta de ti o medo
que a imaginação é uma porreira
que te dá tudo o que queres
e o contentamento é um pilantra
que te invade quando perdes
mas...
enquanto houver estrada para andar
a gente vai continuar
enquanto houver estrada para andar
enquanto houver ventos e mar
a gente não vai parar
enquanto houver ventos e mar
em itálico: jorge palma - a gente vai continuar
que dá cabo do desejo
e a liberdade é uma maluca
que sabe quanto vale um beijo
que a saudade é convencida
faz o coração pequenino
e a sorte é destemida
não está quando é preciso
que o destino é um senhor
que por vezes é meu amigo
e o azar é um mendigo
que vem bater à minha porta
que a necessidade é uma obra
que eu insisto em comprar
e a hesitação sabedoria
que eu uso p'ra contra balançar
que o gostar é um habitante
não paga renda ao coração
e o amor um deambulante
que anseia por me ter na mão
que o sonho é uma criança
que faz de ti o seu brinquedo
e a cumplicidade é conselheira
e afasta de ti o medo
que a imaginação é uma porreira
que te dá tudo o que queres
e o contentamento é um pilantra
que te invade quando perdes
mas...
enquanto houver estrada para andar
a gente vai continuar
enquanto houver estrada para andar
enquanto houver ventos e mar
a gente não vai parar
enquanto houver ventos e mar
em itálico: jorge palma - a gente vai continuar
1.24.2009
"Mafaldinha"
O dia começou com um exame da faculdade. Um filme para descontrair depois deste, ainda que interrompido pelo almoço. Tarde de estudo ou tentativa disso. Jantar. Avenida da Liberdade à chuva mas não nos importámos porque sabíamos que a Mafaldinha ia ser grande e aquecer o Coliseu.

E assim foi... a Mafaldinha esqueceu o medo e saiu do escuro dos bastidores e esperou no tempo algum sinal do público que não tardou a chegar. Fiz uma viagem sem me mover. Faz parte! Larguei os medos na entrada do Coliseu e desmontei cada peça de que é feito o coração à medida que se avançava no alinhamento. Dancei no escuro das Galerias sem me esquecer de sonhar. A noite prendeu-me nos seus braços mas ainda assim dei a volta ao mundo recordando tantas batalhas, tantas imagens, tantos medos e tantos olhares imortais. Ontem o meu caminho foi coincidente com o de muita gente e ao longo de duas horas foi muito bom, muito mais do que eu te sei dizer. Ficaram marcados os vestígios da noite e ficou "o meu abrigo" a banda sonora de uma grande amizade. Sem dúvida será uma noite para me lembrar pela vida fora, uma noite em que foi tão fácil entregar a alma. Deixei-me ir pisando os luares perdidos no chão. Queria um dia sem fim para continuar a voar sem deixar nunca de sentir o chão. Era, quem sabe, um tempo de inventar o que a noite esconde. E a Mafaldinha inventou um jogo a dois com o Tiago Bettencourt e protagonizaram uma cena de filme ao piano. Foi uma boa noite e ainda melhor por pode-la partilhar com pessoas que sabem tanto de mim e que me fazem sentir que há lugares que são pequenos abrigos para onde podemos sempre fugir. No fundo, com pessoas com quem já virei do avesso a vida. E nesta boa noite gostei de dizer e de ouvir abraça-me bem, o velho inundou-me de nostalgia, emocionei-me com o menino do piano e transformei uma canção em conselho para gozar bem a minha rota mesmo sem saber o que vem a seguir. O tempo corria e eu, música após música, recebia daquilo que aumenta o coração. De ontem vou guardar só o que é bom de guardar.
Alinhamento:
Vertigem
Entre achados e perdidos
Faz Parte
De mão em mão
Quando
Ao teu redor
Antes da escuridão
Imortais
Vestígios de ti
O meu abrigo
Uma noite para comemorar
Cúmplices
Uma gota
Tatuagens
Os dias
Só tu sabes
Era uma vez um pensamento teu
Balançar
O jogo
Filme
Outra margem de mim
Fim do dia
Estrada
Abraça-me bem
Velho
O menino do piano
A gente vai continuar
Um pouco de céu
Lume
Restolho
Cada lugar teu

E assim foi... a Mafaldinha esqueceu o medo e saiu do escuro dos bastidores e esperou no tempo algum sinal do público que não tardou a chegar. Fiz uma viagem sem me mover. Faz parte! Larguei os medos na entrada do Coliseu e desmontei cada peça de que é feito o coração à medida que se avançava no alinhamento. Dancei no escuro das Galerias sem me esquecer de sonhar. A noite prendeu-me nos seus braços mas ainda assim dei a volta ao mundo recordando tantas batalhas, tantas imagens, tantos medos e tantos olhares imortais. Ontem o meu caminho foi coincidente com o de muita gente e ao longo de duas horas foi muito bom, muito mais do que eu te sei dizer. Ficaram marcados os vestígios da noite e ficou "o meu abrigo" a banda sonora de uma grande amizade. Sem dúvida será uma noite para me lembrar pela vida fora, uma noite em que foi tão fácil entregar a alma. Deixei-me ir pisando os luares perdidos no chão. Queria um dia sem fim para continuar a voar sem deixar nunca de sentir o chão. Era, quem sabe, um tempo de inventar o que a noite esconde. E a Mafaldinha inventou um jogo a dois com o Tiago Bettencourt e protagonizaram uma cena de filme ao piano. Foi uma boa noite e ainda melhor por pode-la partilhar com pessoas que sabem tanto de mim e que me fazem sentir que há lugares que são pequenos abrigos para onde podemos sempre fugir. No fundo, com pessoas com quem já virei do avesso a vida. E nesta boa noite gostei de dizer e de ouvir abraça-me bem, o velho inundou-me de nostalgia, emocionei-me com o menino do piano e transformei uma canção em conselho para gozar bem a minha rota mesmo sem saber o que vem a seguir. O tempo corria e eu, música após música, recebia daquilo que aumenta o coração. De ontem vou guardar só o que é bom de guardar.
Alinhamento:
Vertigem
Entre achados e perdidos
Faz Parte
De mão em mão
Quando
Ao teu redor
Antes da escuridão
Imortais
Vestígios de ti
O meu abrigo
Uma noite para comemorar
Cúmplices
Uma gota
Tatuagens
Os dias
Só tu sabes
Era uma vez um pensamento teu
Balançar
O jogo
Filme
Outra margem de mim
Fim do dia
Estrada
Abraça-me bem
Velho
O menino do piano
A gente vai continuar
Um pouco de céu
Lume
Restolho
Cada lugar teu
1.21.2009
Ao teu redor
Enquanto lá fora tudo já parou
Os pensamentos percorrem o teu mundo
A noite devolve-te tudo o que em ti há de mais profundo
Devagar deixas-te ir no silêncio intenso que te envolve
Olhas para a caixa a que entregaste todas as recordações
Só olhas porque não queres saborear o que outrora te deu
Enquanto cá dentro revives o que passou
Sentes o cheiro de todos os momentos e lugares
A noite devolve-te em lembrança todos os luares
Amanhã a vida fará contigo o que lhe apetece
Mas agora é altura para sentires todas as sensações
Daquilo com que esperaste porque ela te prometeu
Enquanto é palavra que ficou
De uma guerra aberta com o coração
A noite devolve-te a essência do teu chão
Sentes vontade de continuar o que te acontece
Desviando-te de todas as marés e colisões
Recuperando o que o medo te perdeu
Os pensamentos percorrem o teu mundo
A noite devolve-te tudo o que em ti há de mais profundo
Devagar deixas-te ir no silêncio intenso que te envolve
Olhas para a caixa a que entregaste todas as recordações
Só olhas porque não queres saborear o que outrora te deu
Enquanto cá dentro revives o que passou
Sentes o cheiro de todos os momentos e lugares
A noite devolve-te em lembrança todos os luares
Amanhã a vida fará contigo o que lhe apetece
Mas agora é altura para sentires todas as sensações
Daquilo com que esperaste porque ela te prometeu
Enquanto é palavra que ficou
De uma guerra aberta com o coração
A noite devolve-te a essência do teu chão
Sentes vontade de continuar o que te acontece
Desviando-te de todas as marés e colisões
Recuperando o que o medo te perdeu
1.18.2009
Leis: a não esquecer
no mundo joga quem sabe jogar,
ganha quem sabe perder!
charlie brown jr - sem medo da escuridão
ganha quem sabe perder!
charlie brown jr - sem medo da escuridão
1.17.2009
Guarda segredo
Gosto de saber que tenho pessoas que confiam em mim. Mais do que saber os segredos ou o que de mais profundo escondem o melhor é sentir a confiança que é depositada em ti. Mas tudo o que é bom tem o seu senão: o baú dos problemas dos outros vai acumulando folhas e folhas de histórias, por vezes o enredo acaba mal começa mas outras vezes prolonga-se até encher o baú. E quando o baú fica cheio geres sobre pressão o espaço para guardar mais e mais histórias... e como sobre pressão é difícil agires de forma exemplar acabas por misturar tudo. Entras numa história que não é tua e sabes todas as respostas das maiores dúvidas dos protagonistas. O teu papel é subtilmente extragavante, actuar como se não tivesses conhecimento de nada.
Neste enredo sou actriz desde o início. A série já vai para lá da quarta temporada e eu vou ficando sempre com um papel de destaque. Mas não fico porque quero! Não há director e mesmo assim não me consigo despedir. Simplesmente desligar, desistir!
Sabes bem que sabemos guardar um segredo.
às vezes prefiro nem saber e andar a leste de tudo.
Neste enredo sou actriz desde o início. A série já vai para lá da quarta temporada e eu vou ficando sempre com um papel de destaque. Mas não fico porque quero! Não há director e mesmo assim não me consigo despedir. Simplesmente desligar, desistir!
Sabes bem que sabemos guardar um segredo.
às vezes prefiro nem saber e andar a leste de tudo.
1.14.2009
A certeza da dúvida
Eu podia. Jamais chegaremos a compreender o significado desta frase. Porque em todos os momentos de nossa vida existem coisas que podiam ter acontecido, e terminaram não acontecendo. Existem instantes mágicos que vão passando despercebidos, e – de repente – a mão do destino muda o nosso universo.
(...)
– A vida te ensinou muitas coisas – eu disse, tentando manter a conversa.
– Me ensinou que podemos aprender, me ensinou que podemos mudar – respondeu ele. – Mesmo que pareça impossível.
paulo coelho - na margem do rio piedra
(...)
– A vida te ensinou muitas coisas – eu disse, tentando manter a conversa.
– Me ensinou que podemos aprender, me ensinou que podemos mudar – respondeu ele. – Mesmo que pareça impossível.
paulo coelho - na margem do rio piedra
1.13.2009
Para além do destino
agarra o teu mundo
acende os lugares
onde se escondem os teus sentidos
e não tenhas medo se às vezes falhares
o que importa é o caminho que fica
entre achados e perdidos
mafalda veiga - entre achados e perdidos
acende os lugares
onde se escondem os teus sentidos
e não tenhas medo se às vezes falhares
o que importa é o caminho que fica
entre achados e perdidos
mafalda veiga - entre achados e perdidos
1.12.2009
www.amorverdadeiro.com.pt

" Quando duas pessoas escolhem estar juntas significa que se amam. Em Portugal, uma em cada quatro mulheres é vítima de maus tratos. Maltratar não é amar. Amar, para além de tudo, é respeito. "
---
Simples e Directo ...
Século XXI é inovação, é tecnologia, é modernidade, é ...
e infelizmente ainda é uma em cada quatro mulheres ser vítima de maus tratos!
... Tão Chocante como Ridículo!
1.11.2009
Without Rules
"I owe my success to having listened respectfully to the very best advice, and then going away and doing the exact opposite."
G. K. Chesterton
G. K. Chesterton
1.04.2009
Parte de uma surpresa
Não sou de fazer amizades tão rapidamente. De dar e de ganhar tal confiança em tão pouco tempo... mas a cumplicidade é uma coisa que não se explica... no nosso caso não interessa saber o porquê, simplesmente fico muito feliz por saber que existe!
A Vida!
A vida é o dever que nós
trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê já são seis horas!
Quando se vê já é sexta-feira!
Quando se vê já é Natal...
Quando se vê já terminou o ano...
Quando se vê já perdemos o amor da nossa vida
Quando se vê já passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade,
Eu nem sequer olhava o relógio.
Seguiria o amor que está à minha frente
e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo
de que goste devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas a seu lado
por medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo
que, infelizmente, nunca mais voltará
Mário Quintana
trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê já são seis horas!
Quando se vê já é sexta-feira!
Quando se vê já é Natal...
Quando se vê já terminou o ano...
Quando se vê já perdemos o amor da nossa vida
Quando se vê já passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade,
Eu nem sequer olhava o relógio.
Seguiria o amor que está à minha frente
e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo
de que goste devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas a seu lado
por medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo
que, infelizmente, nunca mais voltará
Mário Quintana
1.03.2009
BOOM 2009
foi sem passas, sem contagem na tv, sem cuecas azuis, sem mergulho na piscina, mas com as melhores pessoas ... e no fundo é isso o mais importante!
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